5 de outubro de 1910 – Parte II – Exílio da família real

5 de outubro de 1910 – Parte II – Exílio da família real

A 5 de Outubro de 1910 foi proclamada a República em Portugal.

[leia a Parte I em 5 de outubro de 1910 – Parte I]

 

Mas, com o fim da monarquia constitucional,  o que aconteceu à família real?

« No dia 4 de Outubro de 1910 estava em marcha a revolução republicana. Dois cruzadores tomados pelos revoltosos, o Adamastor e o São Rafael, bombardeiam o Palácio das Necessidades. São atingidos os aposentos da Rainha Dona Amélia, que se encontrava no Palácio da Pena em Sintra.

Às duas da tarde, o Rei Dom Manuel II decide abandonar o Palácio das Necessidades e partir em direção a Mafra com uma pequena escolta militar. A maioria das forças do exército tinha assumido uma posição neutral.

Foi o princípio do fim da monarquia. A saída do Rei Dom Manuel II de Lisboa teve um forte significado emblemático e moral.

No dia seguinte, a 5 de Outubro, enquanto é proclamada a República em Lisboa, a família real embarca na Ericeira no iate Amélia, tendo como destino Gibraltar  »

Fonte:
RTP NOTÍCIAS / Cultura, « 5 de Outubro: como o rei fugiu para o exílio », publicado a 05.10.2018
disponível em rtp.pt

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Perante a respeitosa atitude de toda a população da Ericeira, a família real foi levada pelos pescadores em duas barcas, até ao iate real Amélia, que os esperava ao largo.

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Seguiram viagem para Inglaterra, no iate Victoria and Albert, enviado pelo rei inglês, Jorge V.
«A rainha-mãe D. Amélia soluçava e dizia, profética: «Do exílio não se volta!»

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Ironias da história:

– Uma das barcas de pescadores da Ericeira, aquela onde seguia o rei, chamava-se BOM FIM, exactamente o oposto do momento pelo que estava a passar!

– A família real acabou por viver em exílio na Inglaterra, curiosamente uma das causas do fim do regime monárquico: o ultimato inglês!