5 de Outubro de 1910 – Parte I – Proclamação da República

5 de Outubro de 1910 – Parte I – Proclamação da República

Apesar da modernização trazida pelo governo da Regeneração, o descontentamento dos portugueses com a monarquia foi aumentando nos finais do século XIX e inícios do século XX.

Porque estavam os portugueses descontentes com a Monarquia?

O desinteresse do rei Carlos pelos assuntos do Estado, a humilhação sofrida com o ultimato inglês e a crise económica que agravou o nível de vida aumentaram o desejo dos Portugueses de substituir a monarquia por uma república, o que veio a acontecer no dia 5 de outubro de 1910.

 

Como ocorreu a Revolução Republicana?

 A revolução republicana decorreu entre o dia 3 e a madrugada do dia 5 de outubro de 1910.

A 3 de outubro, cerca de 200 revolucionários resistiam armados, na rotunda do Marques de Pombal (em Lisboa), sob o comando de Machado dos Santos, perante a incapacidade do Governo de arranjar tropas que os dominassem.

Na madrugada do dia 4, os navios de guerra D. Carlos I, Adamastor e S. Rafael foram tomados pelos revoltosos, que içaram a bandeira republicana e ao final do dia 4, à hora marcada, o navio S. Rafael abriu fogo sobre alguns ministérios e sobre o Palácio Real, o Palácio das Necessidades. Este bombardeamento enfraqueceu as forças leais ao rei.

A artilharia, a infantaria e muitos populares deslocaram-se ao local para tomar conhecimento do sucedido. O Governo não sabia que atitude tomar. Só Paiva Couceiro saiu para a Rua, pronto a iniciar a luta.

O Conselho do Governo aconselhou o rei D. Manuel II a retirar-se para o palácio de Mafra e a levar a rainha-mãe, D. Amélia.

Pelas 9 horas da manha do dia 5, José Relvas [um dos principais dirigentes do Partido Republicano] e Eusébio Leão proclamaram a República ao povo, a partir da varanda dos Paços do Concelho [é neste edifício que se encontra a sede da Câmara Municipal de Lisboa].

Fonte:
Porto Editora
A Minha Historia de Portugal – Elisabete Jesus e Eliseu Alves
Historia de Porugal, 1 e 2 ciclos

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